segunda-feira, 15 de março de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

Ressurgindo das cinzas...

...para comemorar 8 meses de São Paulo! Como é já de se esperar, tenho várias hitórias para contar. Umas boas, outras nem tanto. Mas vou tentar fazer um balanço de como tem sido morar na "Selva de Pedras".

A rotina, com certeza, mudou um pouco. Agora, acordo tarde. Digo tarde porque antes acordava às 8h30 e agora acordo às 10h. Vou tentar mudar isso a partir da semana que vem. Tomar vergonha na cara e começar a correr, fazer exercícios (caso isso aconteça mesmo, posto a experiência na segunda à noite). Essa cidade engorda se você não toma cuidado!

Já que mencionei comida, essa é uma parte especial de São Paulo quer merece um parágrafo! Ô lugar bom para comer. Meu Deus! Aqui onde eu moro é o point dos bons restaurantes. Confesso que não fui a muitos, mas foi o suficiente. Comi comida japonesa, mexicana, chinesa, portuguesa, italiana... Fora as vezes que eu faço comidinhas legais aqui. Não que eu tenha deixado de amar a comida da minha mamis, mas eu como muito bem aqui.

Restaurantes lembram saídas e saídas lembram... baladas. Não ando muito amiga das baladas, mas fui em algumas poucas muito boas. As melhores foram as de rock. Café Piu Piu ainda é o dono do meu coração. Conheci o Café Aurora, Morrison, o Alleys, o Studio SP e o Happy News (ok, conheci melhor agora). Lugares legais!

Bem.. Continuo limpando a casa, almoçando e jantando coisas feitas por mim, indo trabalhar. Aliás, trabalhar é a coisa que eu mais tenho feitos nos últimos tempos. Não porque me obrigam, mas porque eu quero. Amo o que eu faço! Trazer trabalho para casa virou rotina. Não porque me mandam, mas porque eu estou interessada em descobrir mais coisas sobre o que eu faço. Enfim, se deixar, eu levo meu colchãozinho para a Box e fico por lá. Cada dia que passa, parece que me divirto mais. A equipe mudou bastante desde que entrei (eu gostava muito de como era antes de ficar como está, mas agora parece que está completo). Agora, tenho um time de amigos por perto. Começando pelo Nogueira e pela Carla, que conheço faz um tempinho e terminando na Juliana e na Andressa, que são pessoas maravilhosas que tive o prazer de conhecer ao começar a trabalhar.

Aliás, conheci bastante pessoas aqui em São Paulo. A maioria, maravilhosas! Pessoas que pretendo levar para sempre: Bruna, Lílian, Marcela, Renato, Rodrigo. Todos me fazem extremamente bem e são pessoas muito agradáveis e queridas que eu tive a sorte de ter encontrado no caminho. Fora isso, tem a minha velha e amada amiga Aline,de quemeu não desgrudo, a Flávia, a Paty, a Palo que estão distantes e presentes ao mesmo tempo.

Também me envolvi com algumas pessoas por aqui, mas nada sério. Não por falta de querer, mas por falta de oportunidade ou timing. Ou por enrolação demais. Usando o blog como confessionário, vou comentar brevemente o que se passa na minha pobre cabecinha de loira (Não vou citar nomes, porque não convém). Achei que estivesse apaixonada por uma pessoa. Passei a maior parte dos meus 8 meses em São Paulo achando isso. No final das contas, eu estava confundindo absolutamente tudo. Carência confunde mesmo. Ainda bem que agora posso dizer que ele é meu amigo e não tive maiores danos. Agora... por que eu percebi isso? Além de reparar que eu e o cara não temos absolutamente nada a ver e de perceber que eu não queria mesmo me envolver com ele, acabei me apaixonando de verdade. À primeira vista. Mas, como a vida é uma cadelinha dos inferno... Musiquinha para resumir a minha nova complicação, vide Shiver do Coldplay.

Mudando de assunto, já que a coisa ficou profunda, vou falar de saudades. Sinto muita falta da minha mãe, do meu pai, do meu irmão, do meu cachorro e da agregada. Sinto um pouco de falta daquela rotina de mãe ligando às 2 horas da manhã para saber por onde eu ando e que horas volto para casa e do meu pai brigando comigo, porque eu cheguei de manhã bem cedo e ele não conseguiu dormir a noite toda. Sinto falta do meu irmão dando tapas na minha cabeça e me chamando por apelidos "carinhosos" a cada 5 minutos. Também tenho saudades de brigar pela televisão. E tenho saudades do inferno chamado Santos e do esgoto que chamamos de praia. Se eu voltaria? no way... Apesar de super sentir falta e de não ser lá muito fã de São Paulo, não voltaria. Visitar ainda parece minha melhor opção.

Fui assaltada, escorreguei na escada do ônibus numa tentativa medonha de paquerar, vi vários filmes, li vários livros, conversei com desconhecidos, falei besteira quando não devia, conheci lugares novos, perdi a paciência esperando o ônibus, perdi mais ainda a paciência atrasando para o trabalho em função do trânsito, errei um monte de coisas simples, me perdi, chorei feito um bebê, fiquei revoltada, tive insights... Enfim, vivi um monte de coisas em 8 meses. Vou continuar vivendo e aprendendo um monte. São Paulo me ensinou uma lição: a vida não vai parar para que eu me sinta melhor ou para que eu pense o que fazer dela.


OBS.: Show do Metallica terá capítulo à parte.

sábado, 18 de julho de 2009

Duas semanas...

Acordar 8h30; tomar café da manhã; brincar com o Fred (o maltês da minha tia); tomar banho; almoçar coisas feitas por mim, pela minha tia ou ir ao quilo; pegar o ônibus; passar no Parque do Monumento; ir para o trabalho; trabalhar muito; pegar o ônibus, o metrô e outro ônibus; chegar em casa; fazer a janta; ver televisão e conversar com a minha tia e minha prima; dormir meia noite. Basicamente, essa é a minha rotina aqui em São Paulo. Às vezes tem umas coisas aí no meio, como fazer bolo, arrumar a casa, ver um filme. Mas, no geral, meus dias são assim. E eu gosto disso! Morar em São Paulo é uma aventura diária. Nem um dia é igual, apesar da rotina que eu descrevi aí em cima. Sempre acontece alguma coisa no caminho pra deixar o dia mais legal (ou não).

Minha primeira semana aqui foi tranquila. Aprendi o trabalho, conheci pessoas, arrumei companheiros de almoço e de ônibus, consegui me virar bem com os ônibus e tudo mais. Fiquei super feliz com meu amigo bilhete único, que é super prático e cheio de vantagens. Mas nada dura pra sempre... E a segunda não foi tão sossegada. Eu, como uma boa loira, perdi meu bilhete único em algum lugar entre o ônibus e a estação de metrô. Gastei um dinheiro bom nessa brincadeira. Eu ainda odeio a minha pessoa por não ser tão atenta.

Voltei pra Santos semana passada pra passar uns dias com a minha mãe. saí do trabalho e fui direto para a rodoviária. Sério... eu vou evitar pegar ônibus essa hora. Os caras da rodoviária venderam passagens duplicadas e rolou uma confusão. O cheiro estava horrível: uma mistura de chulé, cebola e cheetos. E o motorista ignorou a neblina e manteve a alta velocidade. Suuuper viagem, né? Pelo menos, cheguei inteira em Santos. Não vi alguns amigos, mas vi minha família e outras pessoas muito importantes. Aline, Flávia e Eliane, valeu a companhia no final de semana! Valeu por se importarem!

Aliás... Aline e Flávia foram as únicas pessoas que mantiveram contato de verdade comigo desde que eu mudei. Só tenho notícias delas. O resto do pessoal parece que ficou mudo ou sem dedos pra mandar e-mail. Sem injustiças, a Amanda respondeu ao meu e-mail ontem. Enfim...

Amanhã faz duas semanas que eu mudei pra São Paulo. Tem sido divertido conhecer coisas e pessoas novas, trabalhar com uma coisa que eu realmente estou gostando e aprender um monte de coisas da vida cotiadiana que eu não fazia idéia, como lavar roupa, pagar contas e cuidar do meu orçamento. Sem mãe e pai aqui pra resolver as minhas "pendengas"...

Ainda não me acostumei com a cidade, como já era de se esperar. É complicado vir para um lugar novo sem conhecer muitas coisas. É bem solitário. Antes a frase "mais solitário que um paulistano" não fazia o mínimo sentido pra mim; afinal, quem pode se sentir sozinho numa cidade com tanta gente? Bem, eu descobri que é bem possível. Apesar de morar com a minha tia e conversar muito com ela, passo boa parte do tempo com as minhas próprias minhocas.

Pelo menos não tenho mais medo de sair sozinha. E o site do SP Trans e o Apontador têm sido a minha salvação por aqui. Sem isso, eu teria me perdido demais. Isso ainda naõ aconteceu, mas eu ainda não andei muito por aqui. Logo vou poder contar histórias de como eu me perdi e me achei pelas ruas de São Paulo.

A vida está estranha, mas tudo vai se ajeitando...

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Mudanças

Meu primeiro post neste blog foi sobre um tema que muito me incomodava: desemprego. No dia em que o escrevi, estava muitíssimo revoltada com a minha condição e sentindo que eu era um pouco menos do que o microorganismo que fica no estômago da mosca do cocô do cavalo do bandido. Acho que todo mundo sabe o quanto eu estava batalhando para mudar esse status e como me sentia mal por estar a toa. Mas essa semana (absolutamente) tudo mudou.

Pois é. Depois de mais de um ano e meio desempregada, de papo pro ar, fazendo nada e tal... finalmente vou voltar a trabalhar. Estou super, hiper, ultra, mega feliz. Vou fazer uma coisa que eu realmente gosto. Agora, sinto-me útil e até um pouco mais dona de mim mesma. Serei financeiramente independente dos meus pais. Não que eu fosse um fardo para eles, mas não queria ficar na barra da saia de mamis e na barra da calça de papis pro resto da vida. Ser dependente já estava causando alguns problemas...

E, como se não bastasse o emprego, ganhei o pacote completo. Vou mudar para São Paulo no domingo. E é aqui que os sentimentos se misturam. É super legal poder controlar meus horários e com quem eu saio ou deixo de sair, por exemplo. Mas me entristece um pouco deixar minha vida aqui em Santos. Minha família, meus amigos, meus lugares preferidos, meu ambiente familiar e seguro. Não os verei todos os finais de semana como era esperado. Contudo, estarei aqui sempre que puder.

Mãe, pai, irmão. Talvez vocês nem vejam isso, mas obrigada pelo apoio, pelos anos maravilhosos que passei com vocês, pelas broncas, pelo ombro, pelo abrigo, pela minha formação como ser humano. Sem vocês, eu não sou nada. Sei que você vão ficar tristes. Eu também vou. Mas sempre estarei em contato, seja por telefone, internet ou quando eu conseguir descer a serra. Estou só a 50 minutos (sem trânsito!) de casa. Eu amo vocês mais do que tudo!

Aline, Flávia e Paty. Vocês são minhas irmãs de coração, parte essencial da minha vida. Vou sentir falta de tudo que vivemos aqui. Encontrar vocês pelo caminho foi o maior milagre da minha vida. Valeu todo apoio, desabafos, risadas, choros, pipocas, chocolates e filmes. Vocês serão as próximas a morar em SP e estou só na torcida por vocês! Amo muitíssimo!

Thaís, Amanda, Bruno Rios, Felipe, Bruno Nogueira, Thiago, Erick, Taciana. Vocês são um capítulo especial da minha vida. Um capítulo sem fim (para mim, isso existe). Sem vocês, nada teria a mesma graça. Valeu a companhia e tudo mais que fizeram por mim, mesmo sem saber.

E a todas as pessoas que conviveram comigo nesses últimos anos. Muito obrigada pela companhia durante a jornada, por menor que tenha sido. Todos os momentos foram grandiosos para mim.

Finalmente, minha vida vai começar! Boa sorte para mim nessa nova jornada!!

domingo, 28 de junho de 2009

Cansei

Para começar esse post, devo dizer que não me sinto revoltada. Pelo contrário, estou tranquila. E estou assim porque decidi me livrar de vez das minhas amarras e das situações que, de certa forma, criam falsas expectativas.

Eu sempre acreditei muito. Não só em pessoas, mas em sensações, intuições e situações. Sempre tive fé na popular frase "se não deu certo, não era o final". Mas, hoje, acordei. Acordei e vi que isso não é nem de longe a verdade. Talvez em Hollywood, mas não da vida real. A verdade por aqui é: "Se não deu certo, era sim o final. Se vire com isso."

O problema é que, pelo menos no campo amoroso, estou cansada do ciclo vicioso de cair, levantar e recomeçar. Cansei de ser meu próprio cavaleiro na armadura reluzente. E cansei de esperar por um apropriado (não, eu não tenho síndrome de princesa em perigo e isso foi só um jeito de falar). Sendo assim, eu desisto.

Mas, devo dizer que não é apenas disso que estou abrindo mão.

Eu desisto de acreditar que boas coisas vão acontecer. Você fica lá esperando uma palavra, um gesto, uma luz ou qualquer coisa, mas nada disso vem. Nunca.

Eu desisto de achar que o mundo é um bom lugar, porque não é. Poucas são as pessoas que
levam as coisas a sério, que são boas ou querem ajudar.

E, principalmente, eu desisto de acreditar no amor. Não em todo tipo de amor. Apenas naquele amor apaixonado de livros ou filmes. Quando cito livros e filmes, tenho a consciência de que nada é perfeito como é descrito nas páginas e cenas. Estou me referindo ao sentimento, àquela coisa única que faz as pessoas sentirem vontade genuína de estarem juntas por qualquer que seja a duração disso.

Não estou sendo amarga. Só quero ser mais realista. Colocar os pés no chão e parar de sonhar com gestos, declarações, danças, surpresas e tudo o que vem com isso que chamam de amor.

Eu cansei...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Nostalgia

Estava aqui olhando fotos no computador, quando me deparei com uma em particular. Sabe quando você vê uma foto e tudo volta? Os cheiros, as imagens, as texturas? Foi assim quando vi essa aí embaixo.


Essa imagem completa 21 anos agora em 2009. As pessoas nela? Minha avó, a D. Geralda, e meu irmão.

Essa mulher foi uma guerreira. Mãe de nove filhos, sendo que dois deles morreram ainda bebês. Dos sete que viveram, um deles é meu pai. De sete, apenas uma mulher. Eles não eram lá o que se pode chamar de exemplo. Minha tia era mais sossegada. Os irmãos... Não eram tão tranquilos assim. Não eram pessoas ruins, muito pelo contrário, mas eles aprontavam absolutamente tudo, desde andar em cima de ônibus a espiar uma prima tomando banho. Coisas de menino. Mas minha avó criou todos com a mesma dedicação e carinho. Coisas de mãe.

Olhando a foto aí, as primeiras imagens que vem à memória são as de brincadeiras com os primos: a "arrastação" de cadeiras na salinha das samambaias, o enrosca-enrosca nas cortinas (das quais me lembro da textura até hoje), os desenhos na televisão, os roubos de açúcar cristal da despensa, as aventuras até o telhado, as conversas na escadinha para o terraço, as corridas no minúsculo espaço da entrada da casa, os jogos na rua, as histórias mirabolantes sobre monstros que habitavam o quartinho que meu tio usava como ateliê... São tantas as memórias! Depois disso, vem o pão com mortadela de lanche da tarde e o macarrão cheio de molho feito pela vovó (o cheiro era inigualável). A deliciosa rotina culinária de todo santo domingo. A seguir, vem a lembrança das broncas das tias, ou porque estávamos correndo demais, ou fazendo barulho demais, ou vendo televisão perto demais.

Nessa casa da foto é que eu comecei a sonhar em ser alguma coisa na vida. Na época, meu sonho estava mais para sonho mesmo: queria ser Paquita da Xuxa. E um dos meus tios vivia me incentivando. Eu achava isso o máximo! Ele era o meu tio favorito e tudo o que falava para mim era de extrema importância. Até hoje, nos raros encontros que ainda temos, ele pergunta se ainda ensaio para ser Paquita. Coisa de tio.

Falando agora da minha avó... Eu e D. Geralda nunca fomos muito próximas. Ela sempre foi muitíssimo reservada. Nunca entendi os motivos dela e até senti uma certa raiva quando era pequena. Minhas amigas contavam conversas com a avó, os presentes que ganhavam, os colos que recebiam, os doces fora de hora... Essas coisas que só uma avó faz por você. Eu nunca tive isso com ela. Hoje eu entendo que ela me amava e era só questão de jeito de ser. Mas demorou muito para isso acontecer.

As lembranças mais nítidas que tenho dela são dos dias que ela passou na minha casa quando esteve doente. Embora sejam de épocas ruins, essas memórias são boas. Lembro da Cremogema de toda noite e de assistir, de longe, ela e minha mãe em longas conversas. Eram os raros momentos em que eu a via sorrir. Minha avó sempre gostou muito da minha mãe e da dedicação e atenção que ela dava e o sentimento era mútuo.

Minha avó morreu em 1996, no ano em que eu, meu irmão e meus pais mudamos para Belo Horizonte. Não compareci ao velório e nem ao enterro. O que os olhos não vêem o coração não sente? Sente sim... Em menor intensidade, mas sente. Hoje bateu "saudadinha" dela e desse tempo. Uma pena a vida não dar uma chance de revivermos certas coisas...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Tudo novo de novo

Resolvi criar um novo blog. Influência de leitura de blogs alheios. Já tive 500 desses, mas nunca dei continuidade por vários motivos. Eis o principal: eu sempre escrevi sobre o que sentia em relação aos outros e parava de escrever quando me decepcionava com os meus objetos de afeição. É... Eu não sabia muito bem separar as coisas (assumir erros é um bom começo). Ainda não sou expert nisso, mas acho que aos poucos vou aprendendo.

Pois bem... Sempre comecei com posts engraçadinhos ou alegres e hoje vou começar com algo não tão legal assim. Talvez, falando o que realmente está na minha cabeça eu consiga dar continuidade a este blog. Então, o tema é desemprego.

Não vou ser hipócrita. Tem lá seu lado bom. Eu posso ler mais, ouvir mais músicas, passear durante a semana, praticar exercícios, não ter horário para dormir ou acordar. E só. Os privilégios acabam por aí. Não é fácil estar nessa vidinha idiota de desocupada. Acha que é? Você queria folga? Troque comigo. Fique o dia inteiro enviando currículos para as mais diversas empresas do Estado de São Paulo e do Rio de Janeiro. Vá para uma cidade desconhecida bater de porta em porta e entregue currículos nas garagens dos prédios, ou, simplesmente, dê com a cara na porta. Fique de um lado para o outro da casa caçando o que fazer. Fique irritado toda vez que precisar pedir dinheiro a seus pais. Fique deprimido toda vez que não conseguir acompanhar seus amigos a algum lugar, apesar da insistência, e não puder por falta de dinheiro. Perca shows de artistas e bandas favoritas também por não ter dinheiro. Sinta-se inútil porque parece que nenhuma empresa quer você. Sinta-se burro pelo mesmo motivo.

Não, isso não é drama. É a realidade. É a minha realidade. Não é todo dia que essas coisas passam pela cabeça, mas com o tempo elas visitam o pensamento com mais frequência do que é necessário ou suportável. É como dizem: "cabeça vazia, casa do diabo". Eu falei de dinheiro aqui, mas não é tanto por isso. É mais algo como poder começar a minha própria vida, sair da barra da calça paterna e da saia materna e poder ter algo realmente meu. Poder sentir orgulho de mim mesma. Sentir que eu sou capaz, que posso realizar coisas.

Realização lembra uma coisa... Traz a palavra experiência. E essa é a pedra no meu sapato. O que me deixa realmente decepcionada e indignada com as empresas é quando elas pedem experiência. Meu Deus!! Como eu vou ter vivência no cargo se ninguém dá uma oportinunidade?! Acabei de me formar na faculdade, só fiz estágios e mesmo assim, exigem experiência de mim. Alguma coisa está errada e tenho certeza que essa não é uma opinião só minha.

Belo primeiro post... Suuuper otimista, né? Vamos deixar as coisas mais light agora. Apesar disso tudo que eu acabei de falar, ainda tenho esperança de poder começar a trabalhar em breve. No final, o que importa mesmo é não perder a fé de que tudo vai caminhar para o lugar certo. É deixar que dias como os de hoje passem e que o entusiasmo e a vontade de crescer voltem a tomar conta.