terça-feira, 16 de junho de 2009

Tudo novo de novo

Resolvi criar um novo blog. Influência de leitura de blogs alheios. Já tive 500 desses, mas nunca dei continuidade por vários motivos. Eis o principal: eu sempre escrevi sobre o que sentia em relação aos outros e parava de escrever quando me decepcionava com os meus objetos de afeição. É... Eu não sabia muito bem separar as coisas (assumir erros é um bom começo). Ainda não sou expert nisso, mas acho que aos poucos vou aprendendo.

Pois bem... Sempre comecei com posts engraçadinhos ou alegres e hoje vou começar com algo não tão legal assim. Talvez, falando o que realmente está na minha cabeça eu consiga dar continuidade a este blog. Então, o tema é desemprego.

Não vou ser hipócrita. Tem lá seu lado bom. Eu posso ler mais, ouvir mais músicas, passear durante a semana, praticar exercícios, não ter horário para dormir ou acordar. E só. Os privilégios acabam por aí. Não é fácil estar nessa vidinha idiota de desocupada. Acha que é? Você queria folga? Troque comigo. Fique o dia inteiro enviando currículos para as mais diversas empresas do Estado de São Paulo e do Rio de Janeiro. Vá para uma cidade desconhecida bater de porta em porta e entregue currículos nas garagens dos prédios, ou, simplesmente, dê com a cara na porta. Fique de um lado para o outro da casa caçando o que fazer. Fique irritado toda vez que precisar pedir dinheiro a seus pais. Fique deprimido toda vez que não conseguir acompanhar seus amigos a algum lugar, apesar da insistência, e não puder por falta de dinheiro. Perca shows de artistas e bandas favoritas também por não ter dinheiro. Sinta-se inútil porque parece que nenhuma empresa quer você. Sinta-se burro pelo mesmo motivo.

Não, isso não é drama. É a realidade. É a minha realidade. Não é todo dia que essas coisas passam pela cabeça, mas com o tempo elas visitam o pensamento com mais frequência do que é necessário ou suportável. É como dizem: "cabeça vazia, casa do diabo". Eu falei de dinheiro aqui, mas não é tanto por isso. É mais algo como poder começar a minha própria vida, sair da barra da calça paterna e da saia materna e poder ter algo realmente meu. Poder sentir orgulho de mim mesma. Sentir que eu sou capaz, que posso realizar coisas.

Realização lembra uma coisa... Traz a palavra experiência. E essa é a pedra no meu sapato. O que me deixa realmente decepcionada e indignada com as empresas é quando elas pedem experiência. Meu Deus!! Como eu vou ter vivência no cargo se ninguém dá uma oportinunidade?! Acabei de me formar na faculdade, só fiz estágios e mesmo assim, exigem experiência de mim. Alguma coisa está errada e tenho certeza que essa não é uma opinião só minha.

Belo primeiro post... Suuuper otimista, né? Vamos deixar as coisas mais light agora. Apesar disso tudo que eu acabei de falar, ainda tenho esperança de poder começar a trabalhar em breve. No final, o que importa mesmo é não perder a fé de que tudo vai caminhar para o lugar certo. É deixar que dias como os de hoje passem e que o entusiasmo e a vontade de crescer voltem a tomar conta.

2 comentários:

  1. bem, você fala de experiência, mas minha linda, te garanto que isso ajuda bem pouco. Meu amigo Evandro tem larga experiência em TV, rádio, jornal e está há 3 anos desempregado. O que eu percebo no mercado de hoje é que você precisa ter contatos. Sim, amigos, sempre os bons e velhos amigos. São estes que vão te indicar e possibilitar uma porta aberta. Mas veja bem, nunca desista, pois os maiores nomes da história só são conhecidos porque ignoraram a opinião que o povo da época tinha deles.
    monte de bjs

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  2. Ah, Jeanine, nem fale... Sabe bem que estamos nesse mesmo barco... é difícil mesmo. Já falei disso também. Bem, não vamos deixar de tentar, né? Um dia aparece, tem que aparecer!!

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